“... que sono...”
Os olhos pesavam. Impossível mantê-los abertos.
Ouviu vozes que pareciam trocar segredos:
- Vai ter que amputar, coitado. Vai ter que amputar!
- Se ele continuar a sangrar assim vai acabar morrendo. Aperta. Aperta.
- Meu Deus. Vai ter que amputar!
“...Moça! Cê sabe que horas são?...”
- Você não pode dormir, menino! Aguenta!
Sentiu um leve cutucão lá dentro da nuca. E como num sonho ouviu uma voz divina:
- Não pode mexer no pescoço.
“...Tenho que ligar pra minha mãe avisando que vou atrasar. Tá escurecendo. Nossa... o dia passou depressa...”
- Não dorme, querido. Não dorme não. Segura aqui na minha mão.
“Que moça bonita! Casaria com ela se a minha mãe deixasse.”
- Já chamaram o resgate? Alguém tem que avisar a mãe dele.
- Na mochila deve ter algum caderno, alguma agenda.
“...Tô ferrado. Elas também vão descobrir que eu não fiz a lição...”
terça-feira, 4 de maio de 2010
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Mórbido e irônico.
ResponderExcluirComo você.
Rá rá rá...
Hum... Pode melhorar né, Lê? Escreveu com pressa, é? Vou aguardar uma revisão. Me avise.
ResponderExcluirBj.
Ju.
É... Pode melhorar sim. A pressa é inimiga da conceição... quer dizer.. da perfeição.
ResponderExcluirO melhor é sempre esperar o textinho dormir um dia ou dois. Mas... ando ansioso.
Valeu o puxão de orelha!
Bj.
é continuação de algo?
ResponderExcluirNão. é breve mesmo. rsss...
ResponderExcluirmas pelo jeito exagerei. rsss...
eu achei ótimo, curtinho mesmo...deixa nossa imaginação q continue.....
ResponderExcluirQue bom q vc voltou!!!!!!
Merlin